ANHANGUERA
EDUCACIONAL
ADMINISTRAÇÃO – ECONOMIA
“O SURGIMENTO DO DINHEIRO”
PROFESSOR: ROBERTO BITTENCOURT
ALEXIA TAVARES 4240657439
DANDHARA
SANTOS 4211812961
LAIS MARCONDES 4211813731
PÂMELA CHEER DUARTE 4211809929
STEFANIE TIEPPO 3718653630
LAIS MARCONDES 4211813731
PÂMELA CHEER DUARTE 4211809929
STEFANIE TIEPPO 3718653630
SANTO ANDRÉ
2012
SUMARIO
O surgimento da economia no mundo. _______________________________2
Escambo.
Moeda-Mercadoria. ______________________________________________ 3
Metal. _________________________________________________________4
Moeda em formato de objetos. _____________________________________5
Moedas Antigas. ________________________________________________6
Ouro, prata e cobre. ______________________________________________7
Moedas de papel. _______________________________________________8
Formatos Diversos. _____________________________________________9
Sistema Monetario. _____________________________________________10
Cheque. ______________________________________________________11
Historia do dinheiro no Brasil. _____________________________________12
Primeiras Moedas .
Moedas Contramarcadas.
Marcar para evitar o Cerceio. _____________________________________13
Moedas-Mercadorias
As moedas Holandezas
As Primeiras Casa da Moeda. _____________________________________14
Moedas de cobre Angolanas
O ouro se transforma em Moeda
Moedas de Ouro de D. José I e D. Maria I. ___________________________15
Moedas da serie “J”
Moedas de Cobre no seculo XVIII. _________________________________16
Bilhetes de extração - Primeira Moeda de Papel
Moedas para Maranhão e Grão- Pará
Barras de Ouro e Certificados. ____________________________________17
A moeda de 960 Réis
Carimbos de Escudete
Dom João Principe Regente Rei___________________________________18
Troco de Ouro em Pó
Notas do Banco do Brasil
Anexos. ______________________________________________________19
Referencias. __________________________________________________ 22
Escambo.
Moeda-Mercadoria. ______________________________________________ 3
Metal. _________________________________________________________4
Moeda em formato de objetos. _____________________________________5
Moedas Antigas. ________________________________________________6
Ouro, prata e cobre. ______________________________________________7
Moedas de papel. _______________________________________________8
Formatos Diversos. _____________________________________________9
Sistema Monetario. _____________________________________________10
Cheque. ______________________________________________________11
Historia do dinheiro no Brasil. _____________________________________12
Primeiras Moedas .
Moedas Contramarcadas.
Marcar para evitar o Cerceio. _____________________________________13
Moedas-Mercadorias
As moedas Holandezas
As Primeiras Casa da Moeda. _____________________________________14
Moedas de cobre Angolanas
O ouro se transforma em Moeda
Moedas de Ouro de D. José I e D. Maria I. ___________________________15
Moedas da serie “J”
Moedas de Cobre no seculo XVIII. _________________________________16
Bilhetes de extração - Primeira Moeda de Papel
Moedas para Maranhão e Grão- Pará
Barras de Ouro e Certificados. ____________________________________17
A moeda de 960 Réis
Carimbos de Escudete
Dom João Principe Regente Rei___________________________________18
Troco de Ouro em Pó
Notas do Banco do Brasil
Anexos. ______________________________________________________19
Referencias. __________________________________________________ 22
O
surgimento da economia no mundo.
Escambo
A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de
uma longa evolução.
No início não havia moeda. Praticava-se o
escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de
valor.
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Assim, quem pescasse mais peixe do que o
necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa
que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse
precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da
civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia
primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio
circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas
efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor.
Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo
caro por outro de menor valor, que deseja muito.
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As mercadorias utilizadas para escambo geralmente
se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio
ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a
necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto,
ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os
elementos a serem permutados.
Moeda-Mercadoria
Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram
a ser mais procuradas do que outras.
Aceitas por todos, assumiram a função de moeda,
circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para
avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.
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O gado, principalmente o bovino, foi dos mais
utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e
prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte.
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O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil
obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na
conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento
de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro)
e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado).
A palavra capital(patrimônio) vem do latim capita (cabeça).
Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente
em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como
origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados.
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No Brasil, entre outras, circularam o cauri –
trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e
o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de
numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e tecidos.
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Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram
inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor,
pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não
permitindo o acúmulo de riquezas.
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Metal
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a
utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas anteriormente feitos de
pedra.
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Por apresentar vantagens como a possibilidade de
entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza,
o metal se elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas
mais diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de
barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes etc.
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O metal comercializado dessa forma exigia
aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. Mais tarde,
ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de
valor, que também apontava o responsável pela sua emissão. Essa medida
agilizou as transações, dispensando a pesagem e permitindo a imediata
identificação da quantidade de metal oferecida para troca.
Moeda
em Formato de Objetos
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Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias
muito apreciadas.
Como sua produção exigia, além do domínio das
técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser
encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos.
A valorização, cada vez maior, destes
instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas
de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro.
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É o caso das moedas facae chave que
eram encontradas no Oriente e do talento, moeda de cobre ou bronze,
com o formato de pele de animal, que circulou na Grécia e em Chipre.
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Moedas
Antigas
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras
moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e
valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem
as emitiu e garante o seu valor.
São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na
Lídia, são utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata
chamada eletro.
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As moedas refletem a mentalidade de um povo e de
sua época. Nelas podem ser observados aspectos políticos, econômicos,
tecnológicos e culturais. É pelas impressões encontradas nas moedas que
conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há muitos séculos.
Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa
moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.
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A princípio, as peças eram fabricadas por
processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos irregulares, não
sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras.
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Ouro,
Prata e Cobre
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de
moedas foram o ouro e a prata. O emprego destes metais se impôs, não só pela
sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por
antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da
Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de
estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença
no poder mágico destes metais e no dos objetos com eles confeccionados.
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A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve
durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco,
isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua confecção. Assim, uma
moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de ouro, era trocada por
mercadorias neste mesmo valor.
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Durante muitos séculos os países cunharam em ouro
suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores
menores. Estes sistemas se mantiveram até o final do século passado, quando o
cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito
empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo
valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas
metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco. Dentro
desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à
moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas, produzidas para
suportar a alta rotatividade do numerário de troco.
Moeda
de Papel
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem
os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata.
Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram
a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando
origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco,
precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810.
Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques.
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Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as
moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as
falsificações e garantindo o poder de pagamento.
Atualmente quase todos os países possuem seus
bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas.
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A moeda de papel evoluiu quanto à técnica
utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas utiliza papel
especialmente preparado e diversos processos de impressão que se
complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e condições
de durabilidade.
Formatos
Diversos
O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico,
ao longo dos séculos.
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As moedas já se apresentaram em tamanhos ínfimos,
como ostater, que circulou em Aradus, Fenícia, atingindo também
grandes dimensões como as dodáler, peça de cobre na Suécia, no
século XVII.
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Embora, hoje, a forma circular seja adotada em
quase todo o mundo, já existiram moedas ovais, quadradas, poligonais etc.
Foram, também, cunhadas em materiais não metálicos diversos, como madeira,
couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam, neste século, na
Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise
econômica.
As cédulas, geralmente, se apresentam no formato
retangular e no sentido horizontal, observando-se, no entanto, grande
variedade de tamanhos. Existem, ainda, cédulas quadradas e até as que têm
suas inscrições no sentido vertical.
As cédulas retratam a cultura do país emissor e
nelas podem-se observar motivos característicos muito interessantes como
paisagens, tipos humanos, fauna e flora, monumentos de arquitetura antiga e
contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc.
As cédulas apresentam, ainda, inscrições,
geralmente na língua oficial do país, embora em muitas delas se encontre,
também, as mesmas inscrições em outros idiomas. Essas inscrições, quase
sempre em inglês, visam a dar à peça leitura para maior número de pessoas.
Sistema
Monetário
O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um
país forma o seu sistema monetário. Este sistema, regulado através de
legislação própria, é organizado a partir de um valor que lhe serve de base e
que é sua unidade monetária.
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Atualmente, quase todos os países utilizam o
sistema monetário de base centesimal, no qual a moeda divisionária da unidade
representa um centésimo de seu valor.
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Normalmente os valores mais altos são expressos
em cédulas e os valores menores em moedas. Atualmente a tendência mundial é
no sentido de se suprirem as despesas diárias com moedas. As ligas metálicas
modernas proporcionam às moedas durabilidade muito superior à das cédulas,
tornando-as mais apropriadas à intensa rotatividade do dinheiro de troco.
Os países, através de seus bancos centrais,
controlam e garantem as emissões de dinheiro. O conjunto de moedas e cédulas
em circulação, chamado meio circulante, é constantemente renovado através de
processo de saneamento, que consiste na substituição das cédulas gastas e
rasgadas.
Cheque
Com a supressão da conversibilidade das cédulas e
moedas em metal precioso, o dinheiro cada vez mais se desmaterializa,
assumindo formas abstratas.
Uma destas formas é o cheque, que, pela
simplicidade de seu uso e pela segurança que oferece, está sendo,
progressivamente, adotado por número sempre maior de pessoas nas atividades
de seu dia-a-dia.
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Esse documento, pelo qual se ordena o pagamento
de certa quantia ao seu portador ou à pessoa nele citada, visa,
primordialmente, à movimentação dos depósitos bancários.
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O importante papel que esse meio de pagamento
ocupa, hoje, na economia, deve-se às inúmeras vantagens que proporciona,
agilizando a movimentação de grandes somas, impedindo o entesouramento do
dinheiro em espécie e diminuindo a necessidade de troco, por ser um papel
preenchido à mão, com a quantia de que se quer dispor.
O dinheiro, seja em que forma se apresente, não
vale por si, mas pelas mercadorias e serviços que pode comprar. É uma espécie
de título que dá a seu portador a faculdade de se considerar credor da
sociedade e de usufruir, através do poder de compra, de todas as conquistas
do homem moderno.
A moeda não foi, pois, genialmente inventada, mas
surgiu de uma necessidade e sua evolução reflete, a cada momento, a vontade
do homem de adequar seu instrumento monetário à realidade de sua economia.
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A Historia do dinheiro Brasil
As Primeiras Moedas
No início do período colonial, o meio circulante brasileiro foi
sendo formado de modo aleatório, com as moedas trazidas pelos colonizadores,
invasores e piratas que comercializavam na costa brasileira. Assim, ao lado das
moedas portuguesas, circularam também moedas das mais diversas nacionalidades,
cuja equivalência era estabelecida em função do seu valor intrínseco (conteúdo
metálico).
A partir de 1580, com a formação da União Ibérica, verificou-se
uma afluência muito grande de moedas de prata espanholas (reales), provenientes
do Peru, graças ao florescente comércio que se desenvolveu através do Rio da
Prata. Até o final do século XVII, os reales espanhóis constituíram a parcela
mais expressiva do dinheiro em circulação no Brasil.
As moedas portuguesas que aqui circulavam eram as mesmas da
Metrópole, oriundas de diversos reinados. Cunhadas em ouro, prata e cobre,
essas moedas tinham os seus valores estabelecidos em réis e possuíam às vezes
denominações próprias, como Português, Cruzado, São Vicente, Tostão, Vintém. A
moeda de 1 real, unidade do sistema monetário, era cunhada em cobre.
Moedas
Contramarcadas
A longa guerra mantida contra os espanhóis, após a restauração da
independência de Portugal, custou elevadas somas à coroa portuguesa. Para
conseguir os recursos necessários, D. João IV (1640-1656) e D. Afonso VI
(1656-1667) recorreram a sucessivas alterações no padrão monetário,
determinando reduções nos pesos das novas moedas fabricadas e procedendo a
aumentos no valor das moedas em circulação. Posteriormente, durante o reinado
de D. Pedro (1667-1706), também foram efetuados aumentos nos valores correntes
das moedas.
Em algumas ocasiões esses aumentos foram praticados sem que fossem
efetuadas alterações nas moedas; em outras, foram concretizados mediante a
aposição de contramarcas (carimbos). Dessa forma, foram contramarcadas diversas
moedas portuguesas de ouro e prata e reales espanhóis de prata, em circulação
no reino e nas províncias.
Para a aplicação desses carimbos foram instaladas, nas principais
capitanias do Brasil, oficinas monetárias temporárias, que funcionavam apenas
durante os processos de carimbagem.
Marcas para Evitar o Cerceio
A adulteração das moedas de ouro e prata, pela prática ilegal de
raspagem dos bordos para retirada do metal (cerceio), assumira proporções
calamitosas em Portugal e nos seus domínios, levando D. Pedro II a adotar
várias medidas para impedir a sua continuidade. Dentre essas medidas
encontram-se a colocação de cordão (espécie de serrilha em forma de cordão) e
de marca (esfera armilar coroada, aplicada junto à orla) e a cunhagem de novas
orlas nas moedas de cunhos antigos.
Moedas-Mercadorias
Nos dois primeiros séculos após o descobrimento, face à
inexistência de uma política monetária especial para a Colônia, a quantidade de
moedas em circulação era insuficiente para atender às necessidades locais. Por
esse motivo, diversas mercadorias foram utilizadas como dinheiro, inclusive
pelo próprio governo, sendo comuns os pagamentos realizados em açúcar, algodão,
fumo, ferro, cacau e cravo, entre outros.
Em algumas ocasiões, o uso de mercadorias como moeda obedeceu a
determinações legais. Em 1614, por exemplo, o Governador do Rio de Janeiro
estabeleceu que o açúcar corresse como moeda legal, ordenando que os
comerciantes o aceitassem obrigatoriamente como pagamento. No Maranhão, que
constituía um estado politicamente separado do Brasil e onde a principal moeda
corrente era o algodão, foi legalmente estabelecida, em 1712, a circulação do
açúcar, cacau, cravo e tabaco como moeda.
Os escravos africanos chegados ao Brasil utilizaram em suas trocas
o zimbo, concha de um molusco encontrada nas praias brasileiras e que circulava
como dinheiro no Congo e em Angola.
As Moedas
Holandesas
Cercados pelos portugueses no litoral de Pernambuco e não dispondo
de dinheiro para pagar seus soldados e fornecedores, os holandeses realizaram a
primeira cunhagem de moedas em território brasileiro. Conhecidas como
"moedas obsidionais" ou "moedas de cerco", estas foram
também as primeiras moedas a trazerem o nome do Brasil. Face à inexistência de
ferramentas e materiais adequados, bem como à urgência do trabalho, as moedas
foram feitas de forma bastante rudimentar.
Em 1645 e 1646 foram cunhadas moedas de ouro de III, VI e XII
florins e em 1654, pouco antes da partida, moedas de prata, nos valores de XII,
X, XX, XXX e XXXX soldos, havendo, entretanto, polêmica quanto à autenticidade
dos quatro últimos valores. A inscrição G.W.C. corresponde às iniciais de
"Companhia das Índias Ocidentais", em holandês.
As Primeiras
Casas da Moeda
Nas duas últimas décadas do século XVII agravou-se a situação de
falta de moeda no Brasil, comprometendo o funcionamento da economia e
provocando drástica redução nas rendas da Coroa. Inúmeras representações,
pedindo solução para o problema, foram encaminhadas ao rei pelos governadores
gerais e das capitanias, representantes das câmaras e membros da igreja e da
nobreza. Em 1694, finalmente, D. Pedro II resolveu criar uma casa da moeda na
Bahia, para a cunhagem de moeda provincial para o Brasil.
Todas as moedas de ouro e prata em circulação na colônia deveriam
ser obrigatoriamente enviadas à Casa da Moeda, para serem transformadas em
moedas provinciais. Essa medida acarretava problemas às demais capitanias, em
função das dificuldades e riscos do transporte. Assim, para atender às necessidades
da população, a Casa da Moeda foi transferida em 1699 para o Rio de Janeiro e
no ano seguinte para Pernambuco, onde funcionou até 1702. Em 1703, por ordem de
D. Pedro II, foi instalada novamente no Rio de Janeiro, não mais com a
finalidade de cunhar moedas provinciais, mas para transformar o ouro em moedas
para o reino.
Foram cunhadas moedas de ouro, nos valores de 4.000, 2.000 e 1.000
réis, e de prata, nos valores de 640, 320, 160, 80, 40 e 20 réis. O conjunto de
moedas de prata é conhecido como série das patacas, em função da denominação
"pataca", atribuída ao valor de 360 réis.
Moedas de
Cobre Angolanas
Como as casas da moeda não cunharam moedas de cobre, foi
autorizada a circulação no Brasil de moedas destinadas a Angola, fabricadas na
cidade do Porto, nos valores de 10 e 20 réis. Essas moedas eram necessárias
para as transações de pequeno valor.
O Ouro se
Transforma em Moeda
Na primeira metade do século XVIII, a elevada produção de ouro
possibilitou o funcionamento simultâneo de três casas da moeda e a cunhagem de
grande quantidade de peças, cujos valores e beleza testemunham a opulência que
caracterizou o período do reinado de D. João V (1706-1750).
Inicialmente foram cunhadas, nas casas da moeda do Rio de Janeiro
(1703) e da Bahia (1714), moedas idênticas às do Reino: moeda, meia moeda e
quartinho, com valores faciais de 4.000, 2.000 e 1.000 réis . Embora com as
mesmas denominações das moedas provinciais, essas peças possuíam maior peso e
seu valor de circulação era 20% superior ao valor facial.
O estabelecimento de uma casa da moeda em Minas Gerais foi
determinado em 1720, quando da proibição da circulação do ouro em pó dentro da
capitania. Além de moedas iguais às cunhadas no Reino, no Rio e na Bahia, a
nova casa da moeda deveria fabricar peças com valores nominais de 20.000 e
10.000 réis, as quais circulariam com os valores efetivos de 24.000 e 12.000
réis. Instalada em Vila Rica, a casa da moeda de Minas funcionou no período de
1724 a 1734.
Em 1722 D. João V alterou a forma e o valor das moedas de ouro
portuguesas, criando a série dos escudos, com os valores de 12.800 réis (dobra
de 8 escudos), 6.400 réis (dobra de 4 escudos), 3.200 réis (dobra de 2
escudos), 1.600 réis (escudo) e 800 réis (1/2 escudo). Cunhadas no Brasil a
partir de 1727, essas moedas trazem no anverso a efígie do rei. Dentro dessa
série foi introduzida, em 1730, a peça de 400 réis (cruzadinho).
Moedas de Ouro
de D. José I e D. Maria I
Nos reinados de D. José I (1750-1777) e de D. Maria I (1777-1805),
continuou sendo cunhada a série dos escudos, com exceção da peça de 12.800
réis, cuja cunhagem havia sido suspensa por D. João V, em 1732. Voltaram também
a ser fabricadas as moedas provinciais de ouro, nos valores de 4.000, 2.000 e
1.000 réis, que não eram cunhadas desde 1702.
Nos escudos de D. Maria, as efígies representam duas fases
distintas de seu reinado. Na primeira ela aparece ao lado do marido, D. Pedro
III. Após a morte deste, em 1786, é retratada sozinha, primeiro com um véu de
viúva e depois com um toucado ornado com jóias e fitas.
Moedas da
Série "J"
Em 1750 D. José proibiu a circulação de moedas de ouro nas regiões
de mineração, considerando que as transações comerciais naquelas comarcas
poderiam ser realizadas com barras de ouro marcadas e ouro em pó. Para atender
às necessidades do comércio miúdo na região, mandou que as casas da moeda do
Rio de Janeiro e da Bahia cunhassem moedas provinciais de prata e cobre.
Em 1752, entretanto, atendendo à sugestão do governador da
capitania de Minas, determinou que fossem cunhadas também moedas de prata com
os valores de 600, 300, 150 e 75 réis, tendo em vista que os preços nas regiões
das minas eram estabelecidos em termos de oitavas e de seus submúltiplos,
valendo a oitava de ouro não quintado 1.200 réis.
Para evitar confusão com as moedas provinciais de prata de 640,
320, 160 e 80 réis, em função da proximidade dos valores, nas novas moedas o
escudo com as armas de Portugal foi substituído por um "J" com uma
coroa em cima.
Moedas de
Cobre no Século XVIII
Durante o reinado de D. João V, a Casa da Moeda de Lisboa fabricou
moedas de cobre de 10 e 20 réis, especialmente destinadas ao Brasil. Moedas com
esses mesmos valores foram cunhadas também pela Casa da Moeda da Bahia, que em
1729 realizou a primeira cunhagem de moedas de cobre no Brasil.
Em 1730 foram enviadas para Minas moedas de cobre cunhadas em
Lisboa em 1722, nos valores de 20 e 40 réis, com pesos bastante reduzidos, as
quais deveriam circular apenas naquela capitania.
No reinado de D. José I, entraram em circulação moedas provinciais
de cobre nos valores de 5, 10, 20 e 40 réis, cunhadas em Lisboa e no Brasil.
Sob o reinado de D. Maria I, não houve cunhagem de cobre no
Brasil. Todas as moedas foram fabricadas em Lisboa, mantendo inicialmente os
mesmos pesos e valores do período anterior. Em 1799, entretanto, já sob a
regência de D. João, as moedas de cobre tiveram seus pesos reduzidos em cerca
de 50%.
Bilhetes da
Extração - Primeira Moeda-Papel
A partir de 1772, a extração de diamantes na região do Tejuco do
Serro Frio (atual Diamantina) passou a ser feita diretamente pela Coroa
Portuguesa, que para isso criou a Real Extração dos Diamantes.
Quando havia insuficiência de recursos para o custeio das
despesas, a Administração dos Diamantes emitia bilhetes que eram resgatados
quando chegavam os suprimentos em moeda remetidos pela Fazenda Real. No início
esses bilhetes tinham grande credibilidade, sendo aceitos em todas as
transações comerciais da região.
Em 1748 D. João V determinou a cunhagem de moedas provinciais de
ouro, prata e cobre para o Estado do Maranhão e Grão-Pará, no total de 80
contos de réis. Cunhadas em 1749, pela Casa da Moeda de Lisboa, essas moedas
tinham as mesmas denominações e pesos das moedas provinciais brasileiras.
Segundo depoimentos da época, a introdução dessa moeda provocou
grande confusão no Estado, uma vez que os preços dos salários e de todos os
produtos estavam fixados em termos de algodão e especiarias
Barras de Ouro e Certificados
Com o objetivo de garantir a cobrança do imposto do quinto, foram
estabelecidas casas de fundição nas principais regiões auríferas do país, para
as quais deveria ser levado todo o ouro extraído.
Depois de deduzida a quinta parte, o ouro era fundido e
transformado em barras, nas quais eram registrados o ano, a marca oficial da
casa de fundição, o número de ordem, o título e o peso do ouro. Assim
legalizado, o ouro era devolvido a seu proprietário, acompanhado de um
certificado.
Essas barras tiveram ampla circulação no Brasil, desempenhando a
função de moeda, particularmente nas capitanias do interior.
A Moeda de 960
Réis
O declínio da produção de ouro no Brasil levou D. João a proibir,
em 1808, a circulação do ouro em pó, com o objetivo de impedir seu desvio, que
acarretava grandes prejuízos à Coroa. Todo o ouro em pó deveria ser levado às
casas de fundição; as parcelas de peso equivalente ou superior a 1 onça
(28,6875 g) seriam fundidas em barras e as de peso inferior, resgatadas em
moedas.
Para suprir o meio circulante das regiões de mineração, foi
autorizada a circulação de moedas de ouro, que estava proibida desde 1750, e a
nacionalização de moedas hispano-americanas de prata.
Os pesos espanhóis (8 reales), que valiam entre 750 e 800 réis,
receberam carimbo de 960 réis, inicialmente na capitania de Minas Gerais (1808)
e mais tarde na do Mato Grosso (1818).
Em 1809 foi criada a moeda provincial de 960 réis, cuja cunhagem
teve início em 1810.
Carimbos de
Escudete
Para uniformizar o meio circulante brasileiro, onde moedas do
mesmo metal e do mesmo peso tinham valores diferentes, D. João determinou, em
1809, a aposição de carimbo em forma de escudete nas moedas da série
"J", para equipará-las às da série das "patacas", e nas
moedas de cobre cunhadas antes de 1799, para duplicar seus valores.
D. João, Príncipe Regente e Rei
Embora D. João tenha assumido a regência em 1799, durante alguns
anos as moedas continuaram sendo cunhadas com o nome de D. Maria I. As
primeiras moedas de ouro cunhadas com a legenda "João Príncipe
Regente" foram produzidas em 1805, antes de sua chegada ao Brasil.
A elevação do Brasil à condição de Reino Unido foi registrada nas
peças em ouro, prata em cobre cunhadas em 1816, com a legenda "João, por
Graça de Deus, Príncipe Regente de Portugal, Brasil e Algarves".
Com a aclamação de D. João como D. João VI, em 1818, as moedas
passaram a ter as armas do Reino Unido e a legenda "João VI, por Graça de
Deus, Rei de Portugal, Brasil e Algarves".
Troco do Ouro
em Pó
Face à inexistência de moedas de pequeno valor que se ajustassem ao
troco de pequenas quantidades de ouro em pó, D. João estabeleceu que o mesmo
fosse feito também com bilhetes impressos nos valores de 1, 2, 4, 8, 12 e 16
vinténs de ouro, correspondendo cada vintém a 37 e 1/2 réis. Emitidos em grande
quantidade, esses bilhetes tiveram ampla circulação na capitania de Minas,
integrando o seu meio circulante. Posteriormente, em função do aparecimento de
grande número de bilhetes falsificados, sua emissão foi suspensa.
Em 1818 foram cunhadas moedas de cobre nos valores de 75 réis e 37
e 1/2 réis, para a realização do troco do ouro em pó.
Notas do Banco
do Brasil
A criação do Banco do Brasil, por meio de Alvará de 12 de outubro
de 1808, teve por principal objetivo dotar a Coroa de um instrumento para
levantamento dos recursos necessários à manutenção da corte.
De acordo com seus estatutos, o banco deveria emitir bilhetes
pagáveis ao portador, com valores a partir de 30 mil réis. As emissões do Banco
tiveram início em 1810 e a partir de 1813 foram emitidos bilhetes com valores abaixo
do limite mínimo inicialmente estabelecido.
Entre 1813 e 1820, as emissões atingiram 8.566 contos de réis, em
grande parte determinadas pelo fornecimento de moeda-papel para fazer face às
crescentes despesas da corte e da administração régia, que anualmente excediam
a receita arrecadada. A partir de 1817, os bilhetes do Banco começaram a perder
a credibilidade, sofrendo grande desvalorização.Em abril de 1821, antes de
regressar a Portugal, o rei e toda a sua corte resgataram todas as notas em seu
poder, trocando-as por moedas, metais e jóias depositados no Banco, obrigando a
instituição a suspender, a partir de julho, a conversibilidade dos bilhetes.
Anexos
CRUZEIRO
1000 réis = Cr$1 (com centavos) 01.11.1942 |
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CRUZEIRO
(sem centavos) 02.12.1964 |
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CRUZEIRO
NOVO
Cr$1000 = NCr$1 (com centavos) 13.02.1967 |
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CRUZEIRO
de NCr$ para Cr$ (com centavos) 15.05.1970 |
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CRUZEIRO
(sem centavos) 16.08.1984 |
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CRUZADO
Cr$ 1000 = Cz$1 (com centavos) 28.02.1986 |
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CRUZADO
NOVO
Cz$ 1000 = NCz$1 (com centavos) 16.01.1989 |
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CRUZEIRO
de NCz$ para Cr$ (com centavos) 16.03.1990 |
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CRUZEIRO
REAL
Cr$ 1000 = CR$ 1 (com centavos) 01.08.1993 |
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REAL
CR$ 2.750 = R$ 1 (com centavos) 01.07.1994 |
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Referencias
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