29 de outubro de 2012, Santo André.
Administração – Noturno
2ª Série B
Economia
Fundo de Investimentos
Nomes / R.A:
- Letícia de Souza Campos
Martins
R.A: 4200061336.
- Rodrigo Jorge Bernardes
Lopes
R.A: 4200061355.
Fundo de Investimentos
Um fundo
de investimento é uma forma de aplicação financeira,
formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de
um investimento financeiro,
organizada sob a forma de pessoa jurídica,
tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado,
dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.
A administração e
a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados.
Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores
da estratégia de montagem da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor
nível de risco.
Dependendo do tipo
de fundo, as carteiras geralmente podem ser mais diversificadas ou menos
diversificadas, podendo conter ativos de diversos tipos tais como ações,
títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e
futuros, títulos públicos, entre outros. Todo o
dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou cotistas,
que passam a ser proprietários de partes da carteira, proporcionais ao capital investido. O valor da cota é atualizado diariamente e
o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas
adquiridas pelo valor da cota no dia.
No Brasil, o
primeiro fundo de investimento foi o Valéria Primeira, um fundo fechado criado
em 1952 e administrado pelo banco Deltec.
Vantagens de Investir em Fundos
Uma das principais
vantagens de se investir em fundos é a comodidade para o investidor, que
prefere deixar sob os cuidados de especialistas a gestão de seus recursos.
As equipes de
gestores acompanham e analisam o mercado diariamente em busca de boas
oportunidades de investimento, o que muitas vezes o investidor não tem tempo
nem condições de fazer. Em virtude do volume de dinheiro que capta, o fundo consegue taxas mais vantajosas em
várias operações do que um pequeno e médio investidor individualmente
conseguiria.
Em geral, os
fundos são investimentos com alta liquidez, o que permite, na grande maioria dos
casos, saques a qualquer momento sem qualquer tipo de carência (a maioria dos
fundos se reserva 3 dias úteis para liberar o dinheiro do investidor). A
exceção mais importante é no caso dos fundos fechados, os quais não admitem
resgate de cotas, apenas a venda das cotas no mercado secundário.
Harry Markowitz
Em 1952 escreveu
um artigo que despertou o interesse para a prática comum da diversificação das
carteiras, explicando como pode um investidor reduzir o desvio-padrão da
rentabilidade da carteira escolhendo ações cujas oscilações sejam exactamente
paralelas, desenvolvendo, assim, os princípios básicos da formação de uma
carteira. São esses princípios que constituem a base de quase tudo o que se
pode referir acerca da relação entre o risco e o retorno.
No entanto, vale
destacar que uma carteira diversificada pode ser um problema para o investidor.
Muitos dizem que não se deve botar todos os ovos em apenas uma cesta, porém,
utilizando a mesma analogia, tente pensar da seguinte forma: E se uma raposa
vier roubar todos os ovos que eu distribuí pelas cestas? Terei que cuidar de
muitas cestas e correrei um risco grande de ser roubado. Ou seja, com uma
carteira diversificada, a atenção fica distribuida e o foco se perde. Deve-se
concentrar a carteira e tomar conta das ações, colocar todos os ovos numa única
cesta e não deixar que a raposa os leve, concentrando seus esforços nessa
cesta. (Ensinamento de "Os Axiomas de Zurique", de Max Gunther).
Deve-se procurar
fundos que tenham gestores capazes de escolher um alvo e acertar em cheio, sem
diversificar. O ato da diversificação minimiza o retorno e maximiza o risco.
Rentabilidade
A rentabilidade de
cada fundo é determinada pela estratégia de investimento adotada pelo gestor,
que deve respeitar as características definidas no seu regulamento. Existem
fundos conservadores e fundos mais agressivos com diferentes graus de risco definidos
de acordo com seu objetivo.
Se um fundo conseguir
rentabilidade de 3% em um mês, todos os cotistas terão a mesma valorização,
independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos têm grande importância
na rentabilidade do fundo, portanto, vale a pena ficar atento às taxas cobradas,
que variam de acordo com o fundo e com a instituição.
Na maioria dos
fundos é adotado o esquema 2/20. Tal esquema consiste na cobrança de uma taxa
de administração de 2% do valor depositado por ano e 20% da receita que exceder
o índice no qual o fundo referencia sua rentabilidade (de modo geral o CDI).
Risco
A carteira de
ativos de um fundo de investimento é geralmente formada por ativos de diversos
tipos, com diferentes graus de risco. O risco total da carteira do fundo é repassado ao aplicador ou cotista do fundo. O risco não deve ser tido em conta apenas
no tempo presente, mas também em função do tempo crescente. A contribuição de
um título (ação, obrigação, títulos de tesouro, etc.) para o risco de uma
carteira bastante diversificada depende da sua própria sensibilidade às
possíveis variações de mercado. A esta sensibilidade, chama-se habitualmente de
"beta". Um valor mobiliário com um beta de 1,0 apresenta um risco de
mercado médio (uma carteira bem diversificada desses valores tem o mesmo
desvio-padrão do índice de mercado). Das carteiras com um beta de 0,5%, dizemos
que têm um risco de mercado inferior à média (uma carteira bem diversificada
desses valores tende a oscilar de um meio em relação aos movimentos de mercado,
para além de apresentar-se com metade do desvio-padrão do mercado). O risco de
um fundo de investimento pode ser definido como o grau de incerteza na obtenção
do retorno esperado investindo em um determinado fundo. Dessa forma, os fundos
podem ser classificados como de baixo, médio e alto risco. Geralmente, fundos
de baixo risco apresentam um maior nível de segurança ao investidor,
mas em contrapartida costumam ter um retorno menor. Fundos de alto risco, por
outro lado, podem trazer um retorno mais alto, mas com um grau muito maior de
incerteza, podendo até mesmo trazer prejuízos aos investidores.
Análise
de risco na avaliação de projectos:
As decisões de
investimento são decisões sobre situações que se verificaram no futuro. Em
relação a questões futuras ninguém pode ter a pretensão de possuir a certeza
que determinado acontecimento se verificará.
O cash-flow
provisional do projecto é um acontecimento futuro, que tanto pode assumir o
valor previsto como pode não variar. Em face de ignorância sobre qual será o
resultado futuro do cash-flow, o analista do projecto deve atender ao
risco/incerteza associado ao cash-flow previsto. Para falar dos métodos de
medida de risco/incerteza na avaliação de projecto e necessário distinguirem os
dois conceitos.
Numa situação de
risco o resultado futuro é desconhecido, mas pode-se-lhe atribuir
probabilidades, sendo possível recorrer à teoria estatística.
Numa situação de
incerteza o resultado futuro é desconhecido e não é possível atribuir-lhe
probabilidades.
O posicionamento
da avaliação de projectos de investimentos face ao risco e à incerteza das
situações futuras consiste em adoptar um dos seguintes procedimentos:
1 - Utilizar os
métodos empíricos.
2 - Utilizar os
métodos da teoria da decisão e da simulação para avaliar a incerteza.
3 - Recorrer aos
métodos probabilísticos para análise de risco.
Métodos
empíricos:
Os métodos
empíricos de tratar o risco e a incerteza dos cash-flows futuros são
procedimentos “pessimistas” relativos à implementação do projecto. Ao tratar
dos critérios de avaliação de projectos, o critério do período de recuperação
(Payback) e um critério que privilegia o tempo de recuperação do investimento
em detrimento da rentabilidade.
Adopção do
critério Payback como critério de decisão, considera-se que é um procedimento
cauteloso, admite implicitamente que quanto maior é o período de recuperação do
investimento, maior será o risco/incerteza que a previsão não se venha
verificar.
No entanto existem
outros procedimentos, que atendem ao risco e a incerteza:
O ajustamento da
taxa de actualização – No projecto para atender ao risco e a incerteza do
futuro, consiste em majorar a taxa de actualização dos projectos.
Como o risco e a
incerteza decorre da dificuldade óbvia de prever o futuro, este procedimento
opta por penalizar as estimativas dos cash-flows mais afastados no tempo.
O VAL é ajustado
ao risco, e é um factor indirecto que reflecte o risco do projecto.
Quando se utiliza
a TIR, o procedimento consiste em majorar a taxa de referência, a dificuldade
na utilização deste método reside na estimação do premio de risco que ira
majorar a taxa de actualização.
É obvio que o
projecto de investimento deverá ser tanto mais rentável quanto maior for o
risco associado. O problema é que esta teoria não estabelece base teóricas que
determinem qual o deve ser o premio de risco que majorará a taxa de
actualização.
O Método do
Equivalente Certo – opta por incorporar indirectamente o risco do projecto
ajustando o cash-flow previsional de forma que os cash-flows actualizados são
obtidos da seguinte forma:
Cash-flow exploração =

Com at o
coeficiente de equivalente certo, o coeficiente corrector dos cash-flows, com:
0 ≤ at ≤1
Quanto maior for o
risco do projecto, tanto mais próximo de zero estará o a, quanto menor for o
risco do projecto mais próximo de 1 estará o a.
Quando o
investidor estima uma equivalência entre um cash-flow certo de 1000 e um
cash-flow incerto de 1200, deve aplicar o cash-flow incerto 1200 um
coeficiente redutor que transforme no equivalente certo 1000, esse coeficiente
é o Coeficiente Equivalente:
a=1000/1200=0,833
O estabelecimento
da equivalência entre o cash-flow e o certo e o cash-flow incerto pressupõe a
revelação das preferências dos agentes o risco vs rendimento, e a existência de
uma função de utilidade na linha de Newmann-Morgenstern.
O valor de 0,833,
diz-nos que o investidor está disposto a correr o risco com a condição de
receber um premio de risco de aproximadamente 20%, o premio de segurança é o
complementar do premio de risco.
A definição do a é
subjectiva, sendo fixada em função das preferências do agente, de forma que o
premio de risco exigido pode ser:
-Crescente com o
nível de risco, Nesta situação os agentes optam por não usufruir o rendimento
esperado para não correrem o risco do projecto não ser rentável.
-Constante com o
nível de risco, Nesta situação o premio de risco é nulo, os agentes neutros em
relação ao risco.
-Decrescente com o
nível de risco, os agentes possuem o gosto pelo risco, são designados por
Risk-Lovers, por estarem dispostos a investir quanto maior for o risco, de
forma que optam por um premio de risco negativo.
Este método e
preferível ao método de ajustamento da taxa de actualização quando se comparam
projectos. É impossível comparar projectos com taxas de actualização diferentes
e taxas de referência distintas, como decorre o método do ajustamento da taxa
de actualização.
Quando os
projectos são tratados em função do equivalente certo, taxa de actualização é
idêntica para os diferentes projectos, sendo possível compará-los.
Conclui-se
portanto, comparando os dois métodos empíricos que uma taxa de actualização
ajustada constante ao longo do tempo corresponde a um equivalente-certo
decrescente no tempo, e a um risco crescente no tempo.
Os métodos
empíricos expostos incorporam o risco indirectamente no projecto, mas não
identificam exactamente o sentido do risco nem o medem, e por isso devem ser
considerados procedimentos insatisfatórios.
Métodos
da teoria da decisão e métodos de simulação:
Estes métodos
caracterizam-se por serem métodos que se aplicam em contextos de estrita
incerteza, quando é impossível medir os acontecimentos através de
probabilidades.
Os métodos da
teoria da decisão, na avaliação de projectos aplicam-se a projectos que
envolvem incerteza estrita, e quando é impossível quantificar a incerteza.
Nesta situação, a decisão face à situação de incerteza extrema consiste em
socorrer-se de um dos 4 critérios clássicos de decisão em contexto de
incerteza:
- O Critério
Pessimista (Maximin de Wald) – opta, em primeiro, pelas estimativas mais
pessimistas para os projectos. A designação de maximin é óbvia, dado o critério
optar pelo máximo dos rendimentos mínimos. O maximin é um critério pessimista
dado tomar em consideração apenas as situações mais desfavoráveis, trata-se de
um critério a adoptar quando o investidor prefere o risco mínimo.
- O Critério
Optimista (Maximax) – o critério de Hurwicz do rendimento máximax opta por uma
média ponderada da situação mais favorável e da situação menos favorável, o que
define o índice Pessimista-Optimista. O critério máximax e um critério a
adoptar pelo investidor puro, aquele que investe desde que exista uma esperança
mínima de rentabilidade.
- O Critério do
Lamento Minimo (Minimax) – O critério de Savage, considera que estando os
estados de natureza fora do controlo do investidor é incorrecto comparar os
cash-flows das variantes em diferentes estados de natureza. Os cash-flows de
cada variante devem ser comparados com os cash-flows das restantes variantes
apenas no mesmo estado de natureza.
A lamentação
(Regret) de um cash-flow define-se como o valor da diferença entre, o valor da
melhor variante, quando um dado estado de natureza é o verdadeiro estado de
natureza e o valor das restantes variantes nesse mesmo estado de natureza.
Admite-se que no
futuro se registará a situação média correspondente ao Estado de natureza
Esperado.
- O Critério da
Insuficiente Razão – O critério de Laplace, considera que não se conhecendo o
verdadeiro estado de natureza, significa que todos os estados de natureza
possuem igual probabilidade. Este critério é criticado porque supõe a
equiprobabilidade dos acontecimentos, situação que não se verifica
necessariamente na realidade. Comparando os critérios verifica-se que são
distintos e tendem a dar resultados distintos: os critérios de Wald e Hurwicz
são defendidos pela teoria da decisão a luz de propriedades consideradas
desejáveis. Regista-se contudo a existência de bastantes defensores do critério
de Wald, com base no princípio que mais vale prevenir do que remediar, e são
escassos os defensores do critério de Hurwicz.
O Método de
Simulação, usado no contexto da incerteza é a Análise da Sensibilidade. Esta
análise consiste na avaliação de projectos quando existe incerteza estrita
sobre os resultados futuros associados ao projecto. A avaliação da
sensibilidade consiste em simular situações possíveis para diferentes variantes
do projecto e determinar o impacto dessas simulações na rentabilidade.
Esta análise
precede a análise do risco, pois tenta identificar as variáveis fundamentais
que determinarão o sucesso do projecto. Contudo a análise de sensibilidade não
mede o risco associado as variáveis, esta é a razão pela qual se realiza uma
análise de risco após a análise da sensibilidade.
Métodos
probabilísticos:
Existem muitos
tipos de métodos que recorrem ao conceito de probabilidade para analisar o
risco do projecto. Os mais conhecidos são:
- Método das
árvores de decisão – é uma técnica muito utilizada nas determinações do risco
de projectos de investimento por contemplar as diferentes variantes do
projecto, quando existe ligação entre as diferentes etapas.
As deficiências desta técnica
na análise do risco decorrem do facto do risco ser expresso apenas em termos do
valor esperado, ignorando a dispersão desse rendimento médio.
-Método da
Média-Variância – A média e um parâmetro que caracteriza a localização de uma
determinada distribuição estatística, a variância e o desvio padrão são medidas
de dispersão da consequência (Ex: o VAL do projecto) em torno da média. Os
desvios em relação a média podem ser pequenos, e nulos, casos em que a média se
verifica com certeza, ou grandes, caso em que a probabilidade da média se
verificar é reduzida.
Quanto maior a
Variância, maior será o desvio em relação à média, e portanto Maior o risco de
não se verificar o valor médio da consequência.
A média e a
variância caracterizam o risco de uma dada distribuição de probabilidade.
Admitindo que o VAL esperado de um projecto verifica uma determinada lei de
distribuição de probabilidade, a media do VAL e a respectiva variância
caracterizam o risco, quanto maior a variância maior será o risco.
Estimada a média e
a variância da distribuição, é conhecida a distribuição que se admite normal, é
assim possível estimar a probabilidade do VAL ser superior ou inferior a um
determinado valor.
-Método de
Monte-Carlo – é uma técnica de simulação estatística, que é implementada através
de uma sequência de operações. Atribuindo uma distribuição de probabilidade a
um conjunto de variáveis que caracterizam o projecto (Ex: dimensão de mercado,
taxa de crescimento de mercado, valor residual, custos fixos e variáveis).
Gerando números aleatórios,
é possível simular a ocorrência do fenómeno para cada variável. Gerando números
aleatórios para as restantes variáveis estabelece-se uma dada especificação
para o projecto, associada a determinadas probabilidades.
Simulando através
da geração de números aleatórios uma dada especificação para o projecto, um
projecto com um dado período de vida, uma dada quota de mercado, um dado valor
residual é possível determinar a TIR ou o VAL para cada simulação.
A taxa de
rentabilidade do projecto que resulta do método de Monte-Carlo possui uma
distribuição caracterizada pela média e o desvio padrão, de forma que entre os
dois projectos a selecção seja feita em termos do método da média-variancia.
O método
Monte-Carlo considera que as variáveis que caracterizam o projecto são
independentes.
O que acontece é
que muitas vezes as variáveis estão inter-ligadas e são dependentes havendo que
especificar essa relação de dependência, o problema deste método, reside na
dificuldade de as distribuições de probabilidade das variáveis que explicam o
projecto terem de ser fixadas desde o inicio.
Concluindo –
existem diferentes métodos para analisar o risco e a incerteza nas previsões de
avaliação de projectos. A opção por um ou por outro método depende das
preferências do analista que efectua a avaliação do projecto e das exigências
do mercado. Uns métodos são mais modernos que os outros, exigindo por isso,
maiores conhecimentos, outros menos sofisticados e mais facilmente
implementáveis.
Em Portugal o mais
popular é a Análise de Sensibilidade.
O papel da análise
de risco do projecto é a de estabelecer a distribuição de probabilidade do
cash-flow, a partir de estimativas de probabilidade das variáveis identificadas
na análise da sensibilidade.
Pretende-se com a
análise de risco, diminuir o risco através de melhores estimativas para as
variáveis críticas e fornecer ao decisor critérios que ajudem à tomada de
decisão sobre a viabilidade do projecto.
Risco na perspectiva dos fluxos de caixa futuros
O Risco ainda que
genericamente seja interpretado como a “incerteza”, no âmbito da gestão
financeira, este assume um carácter de certeza associado à possibilidade de
perda que existe na aplicação de um determinado investimento. Por outras
palavras, enquanto a “incerteza” ocorre sem grandes estimativas a não ser nas
probabilidades subjectivas ao risco, os investidores podem basear-se em
acontecimentos e dados previamente analisados que estimulam a interpretação das
estimativas e possibilidades de perda perante esse mesmo risco.
O risco pode ser
visto como uma variação provável dos fluxos de caixa futuros. Assim qualquer
indivíduo ou empresa poderá escolher os seus investimentos, pois o fluxo de
caixa futuro da obrigação pode ser estimado com bastante precisão,enquanto que,
o da acção tem maior incerteza, isto implica que em qualquer investimento,
quanto maior a incerteza na previsão dos fluxos de caixa gerados, maior o
risco, assim como quanto maior for a possibilidade de perda, maior será o risco
também.
Embora o risco de
uma aplicação possa ser quantificado pela estimativa de probabilidades, o
investimento no mercado de acções torna-se mais arriscado tanto quanto maior
for a dispersão dos possíveis resultados. Para quantificar esta dispersão, o
investidor deve calcular o desvio padrão e a variância desses mesmos resultados
e dessa forma estará a quantificar então o risco de investimento.
Tipos de risco
Risco único
Também designado
por risco não sistemático, específico, residual ou diversificado, resulta dos
perigos específicos a que uma empresa isolada, e talvez dos seus concorrentes
mais próximos, está sujeita. O risco único, inerente ao activo em causa, pode
ser eliminado através da detenção de uma carteira bem diversificada.
Risco de mercado
Risco de mercado
deriva de oscilações do próprio mercado, que por sua vez depende da “incerteza”
da inflação, da política monetária, da política cambial, entre outras variáveis
de difícil estimativa.
O risco se
decompõe em:
Risco total =Risco não
sistemático, específico, residual ou único + Risco sistemático ou de mercado
O investidor e o
gestor são naturalmente aversos ao risco, para um maior risco exigem uma maior
esperança de rendibilidade. O risco não sistemático, específico, residual ou único,
é o que envolve tipicamente uma empresa específica e os seus concorrentes
directos, este tipo de risco pode ser reduzido pela diversificação. O outro
tipo de risco que afecta todas as empresas em geral e que não é passível de ser
reduzido pela diversificação é o risco do mercado ou sistemático. Este risco
respeita a incerteza da inflação, da política monetária, cambial e orçamental,
às mudanças conjunturais e outras. Um accionista que detenha uma carteira bem
diversificada, consegue eliminar o risco, ficando apenas sujeito ao risco de
mercado, o mesmo acontece com as empresas, se tiverem uma estratégia de
diversificação aos poucos vai eliminar o risco especifico do negócio, ficando
apenas sujeita ao risco de mercado. A diversificação elimina o risco por duas
razões, primeiro porque cada investimento, de per si,numa carteira bem
diversificada tem um peso muito pequeno em relação a totalidade da carteira,
portanto qualquer acção quer aumente ou diminua por si só não irá ter efeito
substancial no conjunto do portefólio. Segundo, porque os efeitos de acções
especificas nos preços de qualquer activo é positivo ou negativo. Ora se for
uma carteira bem diversificada, poderá dizer-se que o risco é igual a zero, ou
seja as alterações positivas e negativas se anulam, o mesmo que dizer não
existirá impacto no valor total da carteira. Um investidor com uma carteira bem
diversificada, o risco do Capital Próprio investido na empresa deve reflectir
apenas o risco do mercado. O risco do mercado ou sistemático pode ser decomposto
em risco do negócio e risco financeiro. O risco do negócio é directamente
associado, à gestão da exploração da empresa, influenciando a variabilidade dos
fluxos monetários operacionais resultantes da sua actividade, sem consideração
do endividamento.Neste caso é natural que os accionistas exijam um rendimento
adicional para exporem os seus capitais a tais riscos, caso a empresa tenha uma
estratégia que aumenta a exposição do risco à inflação. Risco financeiro
relacionado com a estrutura financeira da empresa caso haja endividamento é
criado um risco adicional sobre os capitais próprios. Em princípio o
endividamento terá um efeito de alavancagem sobre a rendibilidade dos capitais
próprios. A empresa ao assumir o reembolso do endividamento terá fluxos
financeiros compulsivos, ou seja os encargos serão compulsivos e assumem um
custo fixo. Assim e neste contexto é criada uma variabilidade nos fluxos
líquidos gerados mais que proporcional à variação das vendas. Considerando que
o investidor é avesso ao risco, a tomada de decisão de novo endividamento é
necessário que seja aumentada a rendibilidade dos capitais próprios.
Risco político
A mudança de políticas de um
país que podem pôr em risco os investimentos.
Risco das taxas de
juro
Provém das variações das taxas
de juro que são habitualmente inconstantes.
Risco de crédito
Risco de crédito se refere a uma possível incapacidade das instituições
financeiras, responsáveis pela emissão dos ativos financeiros componentes da
carteira, de honrarem seus compromissos financeiros assumidos com os
investidores. Essa situação pode ser causada por problemas financeiros oriundos
de uma má administração ou gestão, dificuldades com planos econômicos, etc.
Esse problema também pode ocorrer com a própria entidade administradora do
fundo de investimento.
Risco de país
Quando um país não consegue
cobrir as suas obrigações financeiras
Risco de câmbio
externo
Quando as taxas de câmbio
podem afectar ou até colocar em causa o investimento do país, causando um
desequilibrio econômico.
Retorno Esperado
Valor que se espera receber do
investimento num período. Considera-se uma estimativa do Retorno Efetivo que
pode variar face ao Retorno Esperado.
Administradores e gestores
Os administradores
de fundos são as instituições
financeiras responsáveis legais perante os
órgãos normativos e reguladores, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central, além de determinar a política e o regulamento de cada
fundo.
Existe também a
figura do Gestor de Carteiras que é responsável pela alocação dos recursos do
fundo, avaliando os cenários e estruturando as carteiras. São profissionais
especializados, e, autorizados pela CVM, que acompanham o mercado e procuram
definir os melhores momentos de compra e venda e quais ativos comporão a
carteira do fundo.
Cada fundo de
investimento constitui-se como uma pessoa jurídica própria, não se
confundindo com a instituição gestora. O que significa que o dinheiro aplicado
num fundo está resguardado de qualquer eventual problema financeiro que a
administradora ou a gestora venham a ter.
Análise de desempenho
Transparência
É uma obrigação
dos administradores de recursos fornecerem todo o tipo de informação relevante
para o cotista sobre a política de investimento do fundos, os
riscos envolvidos e os principais direitos e responsabilidades dos investidores
e dos gestores. O prospecto e o regulamento do Fundo são os instrumentos
básicos de informação no momento inicial do investimento. Porém, durante o
período de permanência do investidor no fundo ele deve ser informado sobre
todas as mudanças importantes, seja na equipe de gestores ou no estatuto do
fundo. A utilização do correio eletrônico (e-mail) como meio de comunicação
entre o administrador de fundos e os cotistas é uma das principais inovações
nas regras dos fundos. A CVM publica diariamente milhares de dados sobres os
fundos brasileiros. A existência de sites como o comparacaodefundos.com ajuda o investidor a entender esses dados e
avaliá-los de maneira simples e fácil.
Benchmark
Benchmark é um indicador que dá a referência de performance que
cada fundo busca acompanhar. Os fundos de Renda Fixa costumam ter como ponto de referência o Certificado
de Depósito Interbancário (CDI). A meta é sempre
obter resultados iguais ou superiores à taxa do CDI, como mostra o exemplo a
seguir:
O Fundo XYZ obteve
em 1998, rentabilidade igual a 56,16%, enquanto o CDI
rendeu 28,61%. Portanto se o objetivo do fundo era render 110% do CDI, ele
superou seus objetivos e rendeu na verdade 121,42% em relação a taxa do CDI. Já
em 1999, por exemplo o Fundo XYZ rendeu apenas 22,56% enquanto o CDI teve
retorno de 25,26%. O Fundo não atingiu seu objetivo pois rendeu na verdade
apenas 97,84% comparada à taxa do CDI. Já os fundos de Renda Variável possuem como principal benchmark o Índice Bovespa.
Os fundos de ações buscam alcançar rentabilidade anual igual ou maior que
o IBOVESPA, dependendo do perfil e
composição do fundo.
Para o cálculo da
rentabilidade em relação ao benchmark se utiliza a seguinte fórmula: ((1+
rentabilidade do fundo em decimal)/ (1+ rentabilidade do benchmark em decimal)-1)*100
Por exemplo um
fundo rendeu 35% e o benchmark rendeu 10%. Calculando: (1,35/1,1 -1)*100 =
22,72%. A interpretação que se faz é que caso o fundo permaneça estável, o
benchmark precisaria se valorizar em 22,72% para alcançar o fundo.
Volatilidade
A volatilidade vem a ser a dispersão positiva ou negativa em relação
à média das rentabilidades diárias. Mais especificamente seria a média dos
desvios padrões. Um investimento com alta volatilidade deve ser considerado
como de maior risco. Já os investimentos com baixa volatilidade possuem uma
performance mais estável e, portanto, com um comportamento mais previsível, sua
performance não surpreende o investidor.
Risco
e retorno
Existe uma relação
directa entre risco e rentabilidade esperada, trata-se da relação
«risco-retorno».
Retorno e risco
são duas variáveis que andam juntas no mundo dos investimentos. Quanto maior a
possibilidade de retorno maior os riscos envolvidos. A intuição subjacente a
esta relação "risco-Retorno" é, também, de fácil apreensão. Para
aplicações alternativas com idêntico nível de remuneração esperada, um agente
racional avesso ao risco escolherá a que tiver associado um menor risco. Por
exemplo, fundos que investem mais do que seu patrimônio no
mercado futuro e que podem ter alta rentabilidade em certos períodos, trazem
consigo um alto risco e a possibilidade de rendimentos negativos durante algum
período. Já os fundos mais conservadores procuram garantir mais segurança aos
seus investidores e portanto rentabilidades menores. Pode-se, por isso,
decompor-se a taxa de rentabilidade exigida pelo agente (k) em duas componentes
principais. A primeira (Rf), reflecte a remuneraçãode uma aplicação sem
risco-uma remuneração certa-, por exemplo Certificados de Aforro. A segunda,
que se designa como "prémio de risco", será a compensação exigida
pelo investidor para o remunerar pelo risco incorrido, assim temos: k = Rf +
prémio de risco.
A racionalidade do
agente impõe que a opção por aplicações de mais elevado risco tenha associada
expectativas de remuneração que compensem esse acréscimo de risco, são escolhas
baseadas na racionalidade do agente e no seu perfil de risco, isso é na sua
preferência pessoal por mais risco e mais rentabilidade (esperada) são os
agentes com o perfil financeiro mais «agressivo». Os agentes com o perfil mais
«conservador» optam por menos riscos e menos rentabilidade são aquels que
preferem «pouco mas certo». A incorporação da relação risco-retorno na análise
de investimentos permitirá ultrapassar a debilidade estrutural que esta tem
pelo facto de existir incerteza quanto aos fluxos futuros. A taxa de
actualização, dita «Taxa de rentabilidade exigida» é um veículo usado para
repercutir o risco na análise, esta taxa reflecte o custo de oportunidade do
agente. Quanto maior for o risco associado aos fluxos do investimento, maior
será a compensação que vai exigir. Uma maoir taxa de actualização significa, um
menor valor actual de uma unidade monetária a receber no futuro. O Retorno
sobre o investimento deve ser proporcional ao risco que este envolve já que, o
risco é uma medida de volatilidade dos retornos e resultados futuros.
Premio de risco vs Retorno anormal
Prémio de Risco é
o retorno financeiro excedente que corresponde à diferença entre a taxa de
rentabilidade de um activo específico e a rentabilidade dos activos sem risco
associado como, por exemplo, os títulos de dívida emitidos pelo estado. Assim
sendo, pode-se afirmar que o prémio de risco é a rentabilidade adicional que um
investidor acredita conseguir obter aceitando um determinado grau de risco, ou
seja, quanto maior for o risco maior será o prémio exigido pelo investidor na
aquisição de um determinado activo. Por Prémio de Risco, entende-se o retorno
correspondente áquele que excede a Taxa de juro sem Risco, que é também aquele
que se destina a compensar os Acréscimos de Risco, enquanto que o retorno
Anormal é aquele que excede o Retorno Esperado ou Normal.
Atitudes
face ao risco
Existem três tipos
da atitudes face ao risco:
_Averso ao risco: Pondera o
risco que corre, de forma que só aceita correr maoires riscos se sentir que a
maior rentabilidade que pode obter do investimento é compensadora.
_Indiferente: Não pondera os
riscos que corre.
_Jogador: Gosta de correr
riscos, pelo que à medida que o risco aumenta, sente-se atraído pela situação.
Análise
de risco
Antes de investir
em um fundo é importante avaliar os riscos envolvidos na aplicação. Conhecer
o tipo de investimento, a volatilidade das cotas e os índices de risco do fundo é
fundamental para a escolha consciente do investidor. Outros aspectos que devem
ser analisados pelo investidor são: a instituição que faz a gestão e a
administração do fundo, o agente custodiante (instituição que faz a custódia
dos títulos do fundo) bem como a empresa que faz auditoria dos fundos.
Análise
de sensibilidade
Esta análise
permite visualizar o comportamento do risco de uma carteira, considerando um
grande número de resultados possíveis do projecto.. Avaliando um Activo, usando
muitas estimativas de possíveis retornos, pode-se obter um percepção da
variabilidade dos resultados. Para isso, estimam-se resultados pessimistas,
esparados e optimistas, para saber quais as melhores e piores hipóteses da rendibilidade
da carteira. Calculando a diferença entre o melhor e o pior dos resultados,
obtemos a faixa / medida básica de risco. Quanto maior ela for, maior é o risco
associado a esse activo/ essa carteira.
Na análise
sensbilidade a preocupação é a determinação das componentes aleatórias de um
projecto, por forma a determinar o seu impacto sobre os resultados e sobre o
critério de avaliação seleccionado. Quanto escolhidos os pontos sensíveis em
relação a cada projecto, é importante ter uma indicação de cada um deles sobre
a gama de valores possíveis e as probabilidades associadas. Assumida esta
indicação deverá ser atribuído um valor para a nova variável e fazer o
recálculo dos critérios de avaliação. Nos projectos produtivos normalmente os
pontos sensíveis são: preço de venda, quantidade a vender, custo da matéria
prima, valor do investimento total, duração temporal do projecto e taxa de
actualização. O valor esperado será o somatório dos produtos dos valores
possíveis, pelas respectivas probabilidades de ocorrência. A análise
sensibilidade é limitada, dado que um projecto pode ter elevada sensibilidade
relativa a uma variável, mas ter um risco moderado. A sensibilidade do VAL a
alterações do preço pode ser elevada, mas se o projecto tiver a garantia do
preço existente apresenta pouco risco. A desvantagem da análise de
sensibilidade é pelo facto da mesma analisar em isolado cada variável ou seja
ao analisar o impacto de uma variável no valor do critério de avaliação, não é
possível adicionar nova variável a não ser que se volte ao procedimento
inicial. Na maior parte das vezes as variáveis são independentes como por
exemplo o preço de venda e as quantidades vendidas.
Alavancagem
Um conceito
importante a ser explorado é o de Alavancagem. A alavancagem ocorre quando o gestor assume
obrigações maiores do que o patrimônio do fundo, assumindo dívidas para
aumentar o volume dos recursos aplicados e, por consequência, aumentando o
risco da operação. O regulamento de cada fundo preceitua quanto é o limite de alavancagem de cada fundo. Por isso, é importante
sempre ler no regulamento quanto é este limite para se conhecer o campo de
atuação do gestor. Há gestores que alavancam mais de três vezes o patrimônio do
fundo. Para os fundos de renda variável há um limite estabelecido pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) de 100% de
alavancagem sobre o patrimônio.
Risco
de crédito
É a avaliação da
capacidade do emissor de cada papel em honrar a obrigação assumida no título.
Por exemplo, se um CDB compuser a carteira do fundo, é fato
relevante saber se o Banco emissor
está pagando suas contas, adimplente no mercado, em suma a saúde financeira da
instituição. Vale lembrar que este risco não está implícito na volatilidade de
um fundo.
Modelo de Precificação de ativos Financeiros (CAPM)
Isto é aquilo a
que se denomina muitas vezes de teoria básica relativa a risco e retorno. Esta
teoria foi desenvolvida com o propósito de explicar o comportamento dos preços
de títulos e de fornecer um mecanismo que dê possibilidade aos investidores de
avaliar o impacto do investimento proposto num título sobre os respectivos
risco e retorno da carteira globalmente. CAPM é normalmente utilizado na
análise de títulos e pode ser utilizado no cálculo da taxa de actualização de
um investimento de capital. Num mercado de títulos, o prémio esperado de risco
varia proporcionalmente ao beta.
Índice
de Sharpe
O índice de
Sharpe, criado por William Sharpe, é um indicador que permite
avaliar a relação entre o retorno e o risco dos
fundos. Ele deve ser usado para comparar fundos de uma mesma categoria. O
índice de Sharpe é definido pela seguinte equação:




O retorno do fundo
menos o retorno livre de risco é definido como prêmio que o investidor tem pelo
risco que se dispôs a assumir. Quanto maior este prêmio, maior o Sharpe, quanto
menor o desvio
padrão, maior será o Sharpe.
Histórico
do fundo e do gestor
Embora
rentabilidade passada não seja garantia de rentabilidade futura, a evolução do
valor das cotas do fundo é um bom parâmetro para se tomar como base na escolha
de um fundo de investimento. Porém, é importante saber se a política de gestão
praticada, o gestor e o procedimentos de análises atuais são os mesmos que
garantiram aquela rentabilidade passada.
Classificação CVM
Dispositivo
regulamentar da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) que classifica os
fundos de investimento. O processo de classificação de fundos se completa com a
classificação da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID). A classificação, com a composição das
diferentes carteiras, é a seguinte.
Fundo de curto
prazo
Pode aplicar
exclusivamente em títulos públicos federais pré-fixados ou indexados à taxa SELIC, ou título indexados a índices de preços, com prazo máximo
a decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 dias,
sendo permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e
a realização de operações compromissadas lastreadas em títulos públicos
federais.
Fundo referenciado
Deve identificar
na denominação a referência do seu indicador de desempenho - que deve estar
expressamente definido na denominação do fundo - em função da estrutura dos
ativos financeiros integrantes da respectiva carteira, desde que atendidas,
cumulativamente, as seguintes condições:
a) tenha 80%, no
mínimo, de seu patrimônio
líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por títulos públicos federais, e títulos e valores mobiliários
de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco de
crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco
localizada no País, exceto em relação aos
fundos referenciados em índices do mercado de ações;
b) estipule que
95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma a
acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho
("benchmark") escolhido;
c) restrinja a
respectiva atuação nos mercados de derivativos à realização de operações com o
objetivo de proteger posições detidas a vista, até o limite dessas.
Fundo de renda
fixa
Deve possuir, no
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe (variação da taxa de juros
doméstica ou de índice de inflação, ou ambos). Ver também renda fixa.
Fundo de ações
a) Deve possuir,
no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados
via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe (variação de preços de
ações admitidas à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade
do mercado de balcão organizado).
b) Deve possuir,
no mínimo, 67% (sessenta e sete por cento) da carteira em ações admitidas à
negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de
balcão organizado.
Fundo cambial
Deve possuir, no
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe (variação de preços de
moeda estrangeira ou simplesmente variação cambial), ou a variação do cupom
cambial.
Fundo de dívida
externa
Deve aplicar, no
mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo permitida a
aplicação de até 20% do patrimônio líquido em outros títulos de crédito
transacionados no mercado internacional. Para o investidor brasileiro esse
fundo é a única forma de aplicar nos papéis emitidos pelo governo brasileiro
negociados no exterior.
Os títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade da União devem ser
mantidos, no exterior, em conta de custódia em nome do fundo, no Sistema
Euroclear ou na LuxClear - Central Securities Depositary of Luxembourg (CEDEL).
Fundo multimercado
Deve possuir
políticas de investimento que envolvam vários fatores de risco, sem o
compromisso de concentração em nenhum fator em especial ou em fatores
diferentes das demais classes previstas. Entre os multimercados mais conhecidos
estão:
§
Multimercado Referenciado DI - Que se utilizada da
rentabilidade basica do CDI para fazer suas operações;
§
Multimercado Long & Short -
Fundo de arbitragem de ações;
Fundos mistos
Fundos que
investem o seu património de forma diversificada, mantendo percentagens mais ou
menos fixas do seu capital alocadas a instrumentos de mercado monetário,
obrigações e ações.
Fundos de fundos
Fundos cujo
capital é investido, na sua maioria, em unidades de participação de outros
fundos de investimento. Como é o caso da primeira Distribuidora de Fundos do
Brasil, a Órama, cujos Fundos são FICs (Fundos de Investimentos em Cotas) e
investem no mínimo 95% de seus recursos em outros Fundos.
Tipos de Fundos
Existem dois tipos
de fundos de investimento:
. Fundos
abertos - os investidores podem subscrever e resgatar as unidades de
participação em qualquer momento, sendo o número de unidades de participação em
circulação variável;
. Fundos
fechados - o número de unidades de participação é fixo, podendo os
investidores proceder à sua subscrição num determinado período e ao seu resgate
apenas numa data pré-definida para a liquidação do fundo;
Alguns Cuidados
·
Escolher
cuidadosamente o Administrador do Fundo e informar-se sobre o Gestor da
Carteira, caso seja terceirizado.
·
Conhecer
detalhadamente a política de investimentos adotada, a fim de escolher a
alternativa que melhor atenda ao perfil de risco/retorno do investidor.
·
Verificar
se as despesas cobradas pelo Fundo justificam o desempenho apresentado.
·
Ler
atentamente o Prospecto e o Regulamento do Fundo escolhido, antes de ingressar
no mesmo.
·
Acompanhar
as informações fornecidas no extrato mensal do Fundo.
Bibliografia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário