segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Trabalho sobre a origem do dinheiro


ANHANGUERA EDUCACIONAL



ADMINISTRAÇÃO –  ECONOMIA 
“O SURGIMENTO DO DINHEIRO”

PROFESSOR: ROBERTO BITTENCOURT


ALEXIA TAVARES                4240657439

DANDHARA SANTOS           4211812961

LAIS MARCONDES                4211813731

PÂMELA CHEER DUARTE   4211809929

STEFANIE TIEPPO                 3718653630
















SANTO ANDRÉ
2012
  
SUMARIO

O surgimento da economia no mundo. _______________________________2
Escambo.
Moeda-Mercadoria. ______________________________________________ 3
Metal. _________________________________________________________4
Moeda em formato de objetos. _____________________________________5
Moedas Antigas. ________________________________________________6
Ouro, prata e cobre. ______________________________________________7
Moedas de papel. _______________________________________________8
Formatos Diversos. _____________________________________________9
Sistema Monetario. _____________________________________________10
Cheque. ______________________________________________________11
Historia do dinheiro no Brasil. _____________________________________12
Primeiras Moedas .
Moedas Contramarcadas.
Marcar para evitar o Cerceio. _____________________________________13
Moedas-Mercadorias
As moedas Holandezas
As Primeiras Casa da Moeda. _____________________________________14
Moedas de cobre Angolanas
O ouro se transforma em Moeda
Moedas de Ouro de D. José I e D. Maria I. ___________________________15
Moedas da serie “J”
Moedas de Cobre no seculo XVIII. _________________________________16
Bilhetes de extração - Primeira Moeda de Papel
Moedas para Maranhão e Grão- Pará
Barras de Ouro e Certificados. ____________________________________17
A moeda de 960 Réis
Carimbos de Escudete
Dom João Principe Regente Rei___________________________________18
Troco de Ouro em Pó
Notas do Banco do Brasil
Anexos. ______________________________________________________19
Referencias. __________________________________________________ 22





O surgimento da economia no mundo.


Escambo
A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução.
No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor.

Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito.
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As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem permutados.



Moeda-Mercadoria
Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras.
Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.
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O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte.
O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado). A palavra capital(patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados.
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No Brasil, entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e tecidos.
Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas.
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Metal
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas anteriormente feitos de pedra.
Por apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes etc.
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O metal comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. Mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor, que também apontava o responsável pela sua emissão. Essa medida agilizou as transações, dispensando a pesagem e permitindo a imediata identificação da quantidade de metal oferecida para troca.






Moeda em Formato de Objetos

Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas.
Como sua produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos.
A valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro.
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É o caso das moedas facachave que eram encontradas no Oriente e do talento, moeda de cobre ou bronze, com o formato de pele de animal, que circulou na Grécia e em Chipre.












Moedas Antigas
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor.
São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na Lídia, são utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada eletro.

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As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época. Nelas podem ser observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há muitos séculos. Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.

A princípio, as peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras.
















Ouro, Prata e Cobre
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego destes metais se impôs, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e no dos objetos com eles confeccionados.

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A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco, isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de ouro, era trocada por mercadorias neste mesmo valor.

Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Estes sistemas se mantiveram até o final do século passado, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco. Dentro desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas, produzidas para suportar a alta rotatividade do numerário de troco.





Moeda de Papel
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques.
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Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento.
Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas.
A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas utiliza papel especialmente preparado e diversos processos de impressão que se complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade.









Formatos Diversos
O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos.
As moedas já se apresentaram em tamanhos ínfimos, como ostater, que circulou em Aradus, Fenícia, atingindo também grandes dimensões como as dodáler, peça de cobre na Suécia, no século XVII.
Embora, hoje, a forma circular seja adotada em quase todo o mundo, já existiram moedas ovais, quadradas, poligonais etc. Foram, também, cunhadas em materiais não metálicos diversos, como madeira, couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam, neste século, na Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise econômica.
As cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido horizontal, observando-se, no entanto, grande variedade de tamanhos. Existem, ainda, cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical.
As cédulas retratam a cultura do país emissor e nelas podem-se observar motivos característicos muito interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora, monumentos de arquitetura antiga e contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc.
As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial do país, embora em muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em outros idiomas. Essas inscrições, quase sempre em inglês, visam a dar à peça leitura para maior número de pessoas.








Sistema Monetário
O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país forma o seu sistema monetário. Este sistema, regulado através de legislação própria, é organizado a partir de um valor que lhe serve de base e que é sua unidade monetária.
Atualmente, quase todos os países utilizam o sistema monetário de base centesimal, no qual a moeda divisionária da unidade representa um centésimo de seu valor.
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Normalmente os valores mais altos são expressos em cédulas e os valores menores em moedas. Atualmente a tendência mundial é no sentido de se suprirem as despesas diárias com moedas. As ligas metálicas modernas proporcionam às moedas durabilidade muito superior à das cédulas, tornando-as mais apropriadas à intensa rotatividade do dinheiro de troco.
Os países, através de seus bancos centrais, controlam e garantem as emissões de dinheiro. O conjunto de moedas e cédulas em circulação, chamado meio circulante, é constantemente renovado através de processo de saneamento, que consiste na substituição das cédulas gastas e rasgadas.











  Cheque
Com a supressão da conversibilidade das cédulas e moedas em metal precioso, o dinheiro cada vez mais se desmaterializa, assumindo formas abstratas.
Uma destas formas é o cheque, que, pela simplicidade de seu uso e pela segurança que oferece, está sendo, progressivamente, adotado por número sempre maior de pessoas nas atividades de seu dia-a-dia.
Esse documento, pelo qual se ordena o pagamento de certa quantia ao seu portador ou à pessoa nele citada, visa, primordialmente, à movimentação dos depósitos bancários.
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O importante papel que esse meio de pagamento ocupa, hoje, na economia, deve-se às inúmeras vantagens que proporciona, agilizando a movimentação de grandes somas, impedindo o entesouramento do dinheiro em espécie e diminuindo a necessidade de troco, por ser um papel preenchido à mão, com a quantia de que se quer dispor.
O dinheiro, seja em que forma se apresente, não vale por si, mas pelas mercadorias e serviços que pode comprar. É uma espécie de título que dá a seu portador a faculdade de se considerar credor da sociedade e de usufruir, através do poder de compra, de todas as conquistas do homem moderno.
A moeda não foi, pois, genialmente inventada, mas surgiu de uma necessidade e sua evolução reflete, a cada momento, a vontade do homem de adequar seu instrumento monetário à realidade de sua economia.










A Historia do dinheiro Brasil

As Primeiras Moedas
No início do período colonial, o meio circulante brasileiro foi sendo formado de modo aleatório, com as moedas trazidas pelos colonizadores, invasores e piratas que comercializavam na costa brasileira. Assim, ao lado das moedas portuguesas, circularam também moedas das mais diversas nacionalidades, cuja equivalência era estabelecida em função do seu valor intrínseco (conteúdo metálico).
A partir de 1580, com a formação da União Ibérica, verificou-se uma afluência muito grande de moedas de prata espanholas (reales), provenientes do Peru, graças ao florescente comércio que se desenvolveu através do Rio da Prata. Até o final do século XVII, os reales espanhóis constituíram a parcela mais expressiva do dinheiro em circulação no Brasil.
As moedas portuguesas que aqui circulavam eram as mesmas da Metrópole, oriundas de diversos reinados. Cunhadas em ouro, prata e cobre, essas moedas tinham os seus valores estabelecidos em réis e possuíam às vezes denominações próprias, como Português, Cruzado, São Vicente, Tostão, Vintém. A moeda de 1 real, unidade do sistema monetário, era cunhada em cobre.
Moedas Contramarcadas
A longa guerra mantida contra os espanhóis, após a restauração da independência de Portugal, custou elevadas somas à coroa portuguesa. Para conseguir os recursos necessários, D. João IV (1640-1656) e D. Afonso VI (1656-1667) recorreram a sucessivas alterações no padrão monetário, determinando reduções nos pesos das novas moedas fabricadas e procedendo a aumentos no valor das moedas em circulação. Posteriormente, durante o reinado de D. Pedro (1667-1706), também foram efetuados aumentos nos valores correntes das moedas.
Em algumas ocasiões esses aumentos foram praticados sem que fossem efetuadas alterações nas moedas; em outras, foram concretizados mediante a aposição de contramarcas (carimbos). Dessa forma, foram contramarcadas diversas moedas portuguesas de ouro e prata e reales espanhóis de prata, em circulação no reino e nas províncias.
Para a aplicação desses carimbos foram instaladas, nas principais capitanias do Brasil, oficinas monetárias temporárias, que funcionavam apenas durante os processos de carimbagem.

Marcas para Evitar o Cerceio
A adulteração das moedas de ouro e prata, pela prática ilegal de raspagem dos bordos para retirada do metal (cerceio), assumira proporções calamitosas em Portugal e nos seus domínios, levando D. Pedro II a adotar várias medidas para impedir a sua continuidade. Dentre essas medidas encontram-se a colocação de cordão (espécie de serrilha em forma de cordão) e de marca (esfera armilar coroada, aplicada junto à orla) e a cunhagem de novas orlas nas moedas de cunhos antigos.
Moedas-Mercadorias
Nos dois primeiros séculos após o descobrimento, face à inexistência de uma política monetária especial para a Colônia, a quantidade de moedas em circulação era insuficiente para atender às necessidades locais. Por esse motivo, diversas mercadorias foram utilizadas como dinheiro, inclusive pelo próprio governo, sendo comuns os pagamentos realizados em açúcar, algodão, fumo, ferro, cacau e cravo, entre outros.
Em algumas ocasiões, o uso de mercadorias como moeda obedeceu a determinações legais. Em 1614, por exemplo, o Governador do Rio de Janeiro estabeleceu que o açúcar corresse como moeda legal, ordenando que os comerciantes o aceitassem obrigatoriamente como pagamento. No Maranhão, que constituía um estado politicamente separado do Brasil e onde a principal moeda corrente era o algodão, foi legalmente estabelecida, em 1712, a circulação do açúcar, cacau, cravo e tabaco como moeda.
Os escravos africanos chegados ao Brasil utilizaram em suas trocas o zimbo, concha de um molusco encontrada nas praias brasileiras e que circulava como dinheiro no Congo e em Angola.
As Moedas Holandesas
Cercados pelos portugueses no litoral de Pernambuco e não dispondo de dinheiro para pagar seus soldados e fornecedores, os holandeses realizaram a primeira cunhagem de moedas em território brasileiro. Conhecidas como "moedas obsidionais" ou "moedas de cerco", estas foram também as primeiras moedas a trazerem o nome do Brasil. Face à inexistência de ferramentas e materiais adequados, bem como à urgência do trabalho, as moedas foram feitas de forma bastante rudimentar.
Em 1645 e 1646 foram cunhadas moedas de ouro de III, VI e XII florins e em 1654, pouco antes da partida, moedas de prata, nos valores de XII, X, XX, XXX e XXXX soldos, havendo, entretanto, polêmica quanto à autenticidade dos quatro últimos valores. A inscrição G.W.C. corresponde às iniciais de "Companhia das Índias Ocidentais", em holandês.
As Primeiras Casas da Moeda
Nas duas últimas décadas do século XVII agravou-se a situação de falta de moeda no Brasil, comprometendo o funcionamento da economia e provocando drástica redução nas rendas da Coroa. Inúmeras representações, pedindo solução para o problema, foram encaminhadas ao rei pelos governadores gerais e das capitanias, representantes das câmaras e membros da igreja e da nobreza. Em 1694, finalmente, D. Pedro II resolveu criar uma casa da moeda na Bahia, para a cunhagem de moeda provincial para o Brasil.
Todas as moedas de ouro e prata em circulação na colônia deveriam ser obrigatoriamente enviadas à Casa da Moeda, para serem transformadas em moedas provinciais. Essa medida acarretava problemas às demais capitanias, em função das dificuldades e riscos do transporte. Assim, para atender às necessidades da população, a Casa da Moeda foi transferida em 1699 para o Rio de Janeiro e no ano seguinte para Pernambuco, onde funcionou até 1702. Em 1703, por ordem de D. Pedro II, foi instalada novamente no Rio de Janeiro, não mais com a finalidade de cunhar moedas provinciais, mas para transformar o ouro em moedas para o reino.
Foram cunhadas moedas de ouro, nos valores de 4.000, 2.000 e 1.000 réis, e de prata, nos valores de 640, 320, 160, 80, 40 e 20 réis. O conjunto de moedas de prata é conhecido como série das patacas, em função da denominação "pataca", atribuída ao valor de 360 réis.
Moedas de Cobre Angolanas
Como as casas da moeda não cunharam moedas de cobre, foi autorizada a circulação no Brasil de moedas destinadas a Angola, fabricadas na cidade do Porto, nos valores de 10 e 20 réis. Essas moedas eram necessárias para as transações de pequeno valor.
O Ouro se Transforma em Moeda
Na primeira metade do século XVIII, a elevada produção de ouro possibilitou o funcionamento simultâneo de três casas da moeda e a cunhagem de grande quantidade de peças, cujos valores e beleza testemunham a opulência que caracterizou o período do reinado de D. João V (1706-1750).
Inicialmente foram cunhadas, nas casas da moeda do Rio de Janeiro (1703) e da Bahia (1714), moedas idênticas às do Reino: moeda, meia moeda e quartinho, com valores faciais de 4.000, 2.000 e 1.000 réis . Embora com as mesmas denominações das moedas provinciais, essas peças possuíam maior peso e seu valor de circulação era 20% superior ao valor facial.
O estabelecimento de uma casa da moeda em Minas Gerais foi determinado em 1720, quando da proibição da circulação do ouro em pó dentro da capitania. Além de moedas iguais às cunhadas no Reino, no Rio e na Bahia, a nova casa da moeda deveria fabricar peças com valores nominais de 20.000 e 10.000 réis, as quais circulariam com os valores efetivos de 24.000 e 12.000 réis. Instalada em Vila Rica, a casa da moeda de Minas funcionou no período de 1724 a 1734.
Em 1722 D. João V alterou a forma e o valor das moedas de ouro portuguesas, criando a série dos escudos, com os valores de 12.800 réis (dobra de 8 escudos), 6.400 réis (dobra de 4 escudos), 3.200 réis (dobra de 2 escudos), 1.600 réis (escudo) e 800 réis (1/2 escudo). Cunhadas no Brasil a partir de 1727, essas moedas trazem no anverso a efígie do rei. Dentro dessa série foi introduzida, em 1730, a peça de 400 réis (cruzadinho).
Moedas de Ouro de D. José I e D. Maria I
Nos reinados de D. José I (1750-1777) e de D. Maria I (1777-1805), continuou sendo cunhada a série dos escudos, com exceção da peça de 12.800 réis, cuja cunhagem havia sido suspensa por D. João V, em 1732. Voltaram também a ser fabricadas as moedas provinciais de ouro, nos valores de 4.000, 2.000 e 1.000 réis, que não eram cunhadas desde 1702.
Nos escudos de D. Maria, as efígies representam duas fases distintas de seu reinado. Na primeira ela aparece ao lado do marido, D. Pedro III. Após a morte deste, em 1786, é retratada sozinha, primeiro com um véu de viúva e depois com um toucado ornado com jóias e fitas.
Moedas da Série "J"
Em 1750 D. José proibiu a circulação de moedas de ouro nas regiões de mineração, considerando que as transações comerciais naquelas comarcas poderiam ser realizadas com barras de ouro marcadas e ouro em pó. Para atender às necessidades do comércio miúdo na região, mandou que as casas da moeda do Rio de Janeiro e da Bahia cunhassem moedas provinciais de prata e cobre.
Em 1752, entretanto, atendendo à sugestão do governador da capitania de Minas, determinou que fossem cunhadas também moedas de prata com os valores de 600, 300, 150 e 75 réis, tendo em vista que os preços nas regiões das minas eram estabelecidos em termos de oitavas e de seus submúltiplos, valendo a oitava de ouro não quintado 1.200 réis.
Para evitar confusão com as moedas provinciais de prata de 640, 320, 160 e 80 réis, em função da proximidade dos valores, nas novas moedas o escudo com as armas de Portugal foi substituído por um "J" com uma coroa em cima.
Moedas de Cobre no Século XVIII
Durante o reinado de D. João V, a Casa da Moeda de Lisboa fabricou moedas de cobre de 10 e 20 réis, especialmente destinadas ao Brasil. Moedas com esses mesmos valores foram cunhadas também pela Casa da Moeda da Bahia, que em 1729 realizou a primeira cunhagem de moedas de cobre no Brasil.
Em 1730 foram enviadas para Minas moedas de cobre cunhadas em Lisboa em 1722, nos valores de 20 e 40 réis, com pesos bastante reduzidos, as quais deveriam circular apenas naquela capitania.
No reinado de D. José I, entraram em circulação moedas provinciais de cobre nos valores de 5, 10, 20 e 40 réis, cunhadas em Lisboa e no Brasil.
Sob o reinado de D. Maria I, não houve cunhagem de cobre no Brasil. Todas as moedas foram fabricadas em Lisboa, mantendo inicialmente os mesmos pesos e valores do período anterior. Em 1799, entretanto, já sob a regência de D. João, as moedas de cobre tiveram seus pesos reduzidos em cerca de 50%.
Bilhetes da Extração - Primeira Moeda-Papel
A partir de 1772, a extração de diamantes na região do Tejuco do Serro Frio (atual Diamantina) passou a ser feita diretamente pela Coroa Portuguesa, que para isso criou a Real Extração dos Diamantes.
Quando havia insuficiência de recursos para o custeio das despesas, a Administração dos Diamantes emitia bilhetes que eram resgatados quando chegavam os suprimentos em moeda remetidos pela Fazenda Real. No início esses bilhetes tinham grande credibilidade, sendo aceitos em todas as transações comerciais da região.

Moedas para o Maranhão e Grão-Pará
Em 1748 D. João V determinou a cunhagem de moedas provinciais de ouro, prata e cobre para o Estado do Maranhão e Grão-Pará, no total de 80 contos de réis. Cunhadas em 1749, pela Casa da Moeda de Lisboa, essas moedas tinham as mesmas denominações e pesos das moedas provinciais brasileiras.
Segundo depoimentos da época, a introdução dessa moeda provocou grande confusão no Estado, uma vez que os preços dos salários e de todos os produtos estavam fixados em termos de algodão e especiarias


Barras de Ouro e Certificados
Com o objetivo de garantir a cobrança do imposto do quinto, foram estabelecidas casas de fundição nas principais regiões auríferas do país, para as quais deveria ser levado todo o ouro extraído.
Depois de deduzida a quinta parte, o ouro era fundido e transformado em barras, nas quais eram registrados o ano, a marca oficial da casa de fundição, o número de ordem, o título e o peso do ouro. Assim legalizado, o ouro era devolvido a seu proprietário, acompanhado de um certificado.
Essas barras tiveram ampla circulação no Brasil, desempenhando a função de moeda, particularmente nas capitanias do interior.
A Moeda de 960 Réis
O declínio da produção de ouro no Brasil levou D. João a proibir, em 1808, a circulação do ouro em pó, com o objetivo de impedir seu desvio, que acarretava grandes prejuízos à Coroa. Todo o ouro em pó deveria ser levado às casas de fundição; as parcelas de peso equivalente ou superior a 1 onça (28,6875 g) seriam fundidas em barras e as de peso inferior, resgatadas em moedas.
Para suprir o meio circulante das regiões de mineração, foi autorizada a circulação de moedas de ouro, que estava proibida desde 1750, e a nacionalização de moedas hispano-americanas de prata.
Os pesos espanhóis (8 reales), que valiam entre 750 e 800 réis, receberam carimbo de 960 réis, inicialmente na capitania de Minas Gerais (1808) e mais tarde na do Mato Grosso (1818).
Em 1809 foi criada a moeda provincial de 960 réis, cuja cunhagem teve início em 1810.
Carimbos de Escudete
Para uniformizar o meio circulante brasileiro, onde moedas do mesmo metal e do mesmo peso tinham valores diferentes, D. João determinou, em 1809, a aposição de carimbo em forma de escudete nas moedas da série "J", para equipará-las às da série das "patacas", e nas moedas de cobre cunhadas antes de 1799, para duplicar seus valores.



D. João, Príncipe Regente e Rei
Embora D. João tenha assumido a regência em 1799, durante alguns anos as moedas continuaram sendo cunhadas com o nome de D. Maria I. As primeiras moedas de ouro cunhadas com a legenda "João Príncipe Regente" foram produzidas em 1805, antes de sua chegada ao Brasil.
A elevação do Brasil à condição de Reino Unido foi registrada nas peças em ouro, prata em cobre cunhadas em 1816, com a legenda "João, por Graça de Deus, Príncipe Regente de Portugal, Brasil e Algarves".
Com a aclamação de D. João como D. João VI, em 1818, as moedas passaram a ter as armas do Reino Unido e a legenda "João VI, por Graça de Deus, Rei de Portugal, Brasil e Algarves".
Troco do Ouro em Pó
Face à inexistência de moedas de pequeno valor que se ajustassem ao troco de pequenas quantidades de ouro em pó, D. João estabeleceu que o mesmo fosse feito também com bilhetes impressos nos valores de 1, 2, 4, 8, 12 e 16 vinténs de ouro, correspondendo cada vintém a 37 e 1/2 réis. Emitidos em grande quantidade, esses bilhetes tiveram ampla circulação na capitania de Minas, integrando o seu meio circulante. Posteriormente, em função do aparecimento de grande número de bilhetes falsificados, sua emissão foi suspensa.
Em 1818 foram cunhadas moedas de cobre nos valores de 75 réis e 37 e 1/2 réis, para a realização do troco do ouro em pó.
Notas do Banco do Brasil
A criação do Banco do Brasil, por meio de Alvará de 12 de outubro de 1808, teve por principal objetivo dotar a Coroa de um instrumento para levantamento dos recursos necessários à manutenção da corte.
De acordo com seus estatutos, o banco deveria emitir bilhetes pagáveis ao portador, com valores a partir de 30 mil réis. As emissões do Banco tiveram início em 1810 e a partir de 1813 foram emitidos bilhetes com valores abaixo do limite mínimo inicialmente estabelecido.
Entre 1813 e 1820, as emissões atingiram 8.566 contos de réis, em grande parte determinadas pelo fornecimento de moeda-papel para fazer face às crescentes despesas da corte e da administração régia, que anualmente excediam a receita arrecadada. A partir de 1817, os bilhetes do Banco começaram a perder a credibilidade, sofrendo grande desvalorização.Em abril de 1821, antes de regressar a Portugal, o rei e toda a sua corte resgataram todas as notas em seu poder, trocando-as por moedas, metais e jóias depositados no Banco, obrigando a instituição a suspender, a partir de julho, a conversibilidade dos bilhetes.
Anexos

CRUZEIRO
1000 réis = Cr$1
(com centavos) 01.11.1942
  • O Decreto-lei nº 4.791, de 05.10.1942 (D.O.U. de 06.10.42), instituiu o CRUZEIRO como unidade monetária brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, correspondente à centésima parte do cruzeiro.

    Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinqüenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros e quarenta centavos)

CRUZEIRO
(sem centavos) 02.12.1964
  • A Lei nº 4.511, de 01.12.1964 (D.O.U. de 02.12.64), extinguiu a fração do cruzeiro denominada centavo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser escrito sem centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros).
CRUZEIRO NOVO
Cr$1000 = NCr$1
(com centavos) 13.02.1967
  • O Decreto-lei nº 1, de 13.11.1965 (D.O.U. de 17.11.65), regulamentado pelo Decreto nº 60.190, de 08.02.1967 (D.O.U. de 09.02.67), instituiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo. O Conselho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08.02.1967, estabeleceu a data de 13.02.67 para início de vigência do novo padrão.

    Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos).
CRUZEIRO
de NCr$ para Cr$
(com centavos) 15.05.1970
  • A Resolução nº 144, de 31.03.1970 (D.O.U. de 06.04.70), do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a denominação CRUZEIRO, a partir de 15.05.1970, mantendo o centavo.

    Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos).

CRUZEIRO
(sem centavos)
16.08.1984
  • A Lei nº 7.214, de 15.08.1984 (D.O.U. de 16.08.84), extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo. Assim, a importância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos), passou a escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os algarismos que a sucediam.
CRUZADO
Cr$ 1000 = Cz$1
(com centavos) 28.02.1986
  • O Decreto-lei nº 2.283, de 27.02.1986 (D.O.U. de 28.02.86), posteriormente substituído pelo Decreto-lei nº 2.284, de 10.03.1986 (D.O.U. de 11.03.86), instituiu o CRUZADO como nova unidade monetária, equivalente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28.02.1986, do Conselho Monetário Nacional.

    Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos).
CRUZADO NOVO
Cz$ 1000 = NCz$1
(com centavos) 16.01.1989
  • A Medida Provisória nº 32, de 15.01.1989 (D.O.U. de 16.01.89), convertida na Lei nº 7.730, de 31.01.1989 (D.O.U. de 01.02.89), instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário, correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de 16.01.1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do novo padrão.

    Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos) passou a expressar-se NCz$ 1,30 (um cruzado novo e trinta centavos).




CRUZEIRO
de NCz$ para Cr$
(com centavos) 16.03.1990
  • A Medida Provisória nº 168, de 15.03.1990 (D.O.U. de 16.03.90), convertida na Lei nº 8.024, de 12.04.1990 (D.O.U. de 13.04.90), restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18.03.1990, do Conselho Monetário Nacional.

    Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos) passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros).
CRUZEIRO REAL
Cr$ 1000 = CR$ 1
(com centavos) 01.08.1993
  • A Medida Provisória nº 336, de 28.07.1993 (D.O.U. de 29.07.93), convertida na Lei nº 8.697, de 27.08.1993 (D.O.U. de 28.08.93), instituiu o CRUZEIRO REAL, a partir de 01.08.1993, em substituição ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do centavo. A Resolução nº 2.010, de 28.07.1993, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário.

    Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$ 1.700,50 (um mil e setecentos cruzeiros reais e cinqüenta centavos)
REAL
CR$ 2.750 = R$ 1
(com centavos) 01.07.1994
  • A Medida Provisória nº 542, de 30.06.1994 (D.O.U. de 30.06.94), instituiu o REAL como unidade do sistema monetário, a partir de 01.07.1994, com a equivalência de CR$ 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30.06.94. Foi mantido o centavo.Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV - Unidade Real de Valor - prevista na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28.02.94, reeditada com os números 457 (D.O.U. de 30.03.94) e 482 (D.O.U. de 29.04.94) e convertida na Lei nº 8.880, de 27.05.1994 (D.O.U. de 28.05.94).

    Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Referencias

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